domingo, 16 de outubro de 2011

O rosto da prostituição

A Jornada Mundial da Juventude no Brasil será em 2013, mas o país já vive a espectativa e o obejetivo da mesma. Em visita da Cruz e do ícone de Nossa Senhora pelas dioceses, encontramos este bonito testemunho. 


Vejam, é nos lugares mais duros que o Senhor espera de nós um pouco de Evangelho.

“AQUI É LUGAR DE PROSTITUIÇÃO, NÃO REZEM”


Uma avenida, uma noite, muitas vidas e uma Cruz que nos leva a peregrinar  em busca daqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer o verdadeiro amor.
Madrugada de terça-feira, 20, no Santuário São Judas Tadeu  em São Paulo, se encontram a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Ícone da Virgem Maria e Jesus Sacramentado sendo adorado numa vigília. E do lado de fora, alguns jovens foram ao encontro das prostitutas para levarem o amor de Deus.
“Posso te dar um presente?”, indagou Maristela Ciarrochi – quem nos conduziu até o Planalto Paulista, lugar onde a prostituição é visível aos olhos de quem passa- “Sim”, responde a moça com olhar desconfiado sem saber o que lhe esperava. De repente uma flor e uma medalha de Nossa Senhora das Graças (Aquela que lhe concede o que pedes, mas também o que não pedes). Eis que a madrugada deixa de ser tão pesada e com tanto desamor.





Aquela mulher tem um nome, Rose, vem do Nordeste do país: “Meu sonho é sair da rua, ter uma casa própria e alguém que me respeite.”


“Podemos rezar por você?”, novamente a moça sorridente. “Olha, prefiro que não. Não desta forma, com estes trajes, aqui é lugar de prostituição, não rezem”, responde a garota de programa sentindo-se indigna.


A conversa continua. Novamente, em pouco tempo, se extrai quais as intenções de oração da moça. “Minha família, saúde, uma vida melhor”.


Entre os intervalos de uma esquina e outra, rezávamos uma Ave-Maria por aquelas que já havíamos encontrado e pelas que ainda íamos encontrar, e assim foi seguindo nossa missão Madalena.

Na volta, pelo caminho, íamos nos questionando: “O que poderia ser feito por esses? O que o Cristo faria se estivesse ali?”. Boas perguntas que nos levam a uma grande resposta: “Faça, mesmo que seja pouco, mas todos tem o direito de receber nem que seja uma gota do amor de Cristo”.
O percurso segue com “um nó na garganta”. Lágrimas contidas e o silêncio que fala por si. Difícil entender tudo que remexe no interior,  é mística da Cruz. Em cada encontro o próprio Deus gritava aos nossos corações diante de tamanha sede de amor.
A unção daquela mesma cruz (peregrina da JMJ), acolhida por tantos onde passa, é a que ultrapassou as paredes daquela Igreja nesta noite e nos fez abraçar aquelas mulheres e amá-las como fez Jesus a Maria Madalena.
Teremos a coragem de atirar a pedra?


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